Os Estados Unidos anunciaram, através de um decreto assinado pelo presidente Donald Trump, a restrição na entrada de pessoas vindas do Brasil. Trump já havia cogitado a medida anteriormente, mas o estopim foi o registro de mortes de brasileiros, que já é maior do que de americanos.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, divulgou uma nota que dizia que a ação tem o objetivo de proteger a população e garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções. Por isso, não serão aceitas admissões de quem esteve no país durante um período de 14 dias antes.
Apesar disso, a relação entre os dois países segue amistosa. No comunicado, foi enfatizado que os Estados Unidos apreciam a estreita coordenação do Governo do Brasil no combate à pandemia e reconhecem seus esforços para fazê-lo. Prova disso é a doação de 1 mil ventiladores para ajudar as necessidades de saúde. “Essas restrições de viagem são projetadas para proteger os cidadãos e não refletem de forma alguma uma redução no forte relacionamento bilateral entre nossos dois países”.
Uma alta autoridade do governo também informou que Trump e Bolsonaro conversaram duas vezes entre março e maio e compartilharam experiências sobre a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
O Itamaraty, em resposta, também declarou que “as restrições não afetam o fluxo de comércio entre os dois países”. Além disso, reforçou que Brasil e Estados Unidos têm mantido importante cooperação bilateral no combate à Covid-19. Foram anunciadas doações norte-americanas de cerca de US$ 6,5 milhões para os esforços brasileiros de mitigação dos impactos à saúde e socioeconômicos da Covid-19”.
O assessor especial da presidência brasileira para assuntos internacionais, Filipe Martins, comentou nas redes sociais que ao banir temporariamente a entrada de brasileiros nos EUA, o governo americano está seguindo parâmetros quantitativos previamente estabelecidos e que não houve motivo específico.
Vale ressaltar que os EUA já tinham proibido a entrada de pessoas provenientes de outros países, como da China (excluindo Hong Kong e Macau), do Irã, de países europeus membros da zona Schengen, do Reino Unido e da Irlanda.
Quanto ao Brasil, desde o final de março, a entrada de estrangeiros está proibida.
Exceções
O governo americano, no entanto, estabeleceu algumas exceções para o decreto.
- Pessoas que residam nos Estados Unidos, sejam casadas com um cidadão americano ou que tenha residência permanente no país
- Filhos ou irmãos de americanos ou residentes permanentes, desde que tenham menos de 21 anos
- Membros de tripulações de companhias aéreas
- Pessoas que ingressem no país a convite do governo dos EUA também estão isentas da proibição.
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