Dupla cidadania na pandemia é um bom investimento?
Leia mais
Com que frequência você pensa no Império Romano? Em 2023, o TikTok teve uma enxurrada de vídeos virais com mulheres fazendo essa pergunta a seus parceiros. Como nenhuma experiência na Internet é individual, elas ficavam surpresas ao descobrir que a resposta é “todos os dias” ou “várias vezes por semana”.
Mas, quem pode culpar pelo interesse em uma civilização tão curiosa quanto foi a que viveu durante o Império Romano? Não é à toa que muitos turistas decidem ir à Roma para ver de perto toda a herança cultural e histórica que sobreviveu, pelo menos, 1.500 anos.
Se você é esse tipo de pessoa fascinada pelo Império Romano e com vontade de viajar à Roma, este artigo vai te trazer um resumo sobre o Império Romano
Leia mais e saiba como ele surgiu, o que causou a sua divisão, qual o motivo da sua queda, qual o legado que o Império Romano deixou e o que Roma representa nos dias de hoje.
Índice
Em história, o período identificado como Roma Antiga compreende o período entre os séculos VIII a.C. e V d.C. Ele é dividido em três fases distintas: a Monarquia, a República e o Império. Esta última se estendeu por cinco séculos, dos anos 27 a.C a 476 d.C.
O Império Romano foi o período da Roma Antiga que se destacou como a maior civilização da história ocidental, consolidando-se como uma potência econômica, política e militar.
Nesse período, os imperadores romanos -em sua maioria, generais do exército-, conduziram guerras de expansão territorial, acumulando poder e riqueza da Península Ibérica (onde ficam Espanha e Portugal) até o Oriente Médio (na altura da Turquia).
O Império Romano atingiu seu ápice de extensão territorial no ano de 117 d.C., quando havia 50 milhões de pessoas sob o domínio da capital romana.
No aspecto econômico, a base do Império Romano é a agricultura de suas províncias e o comércio da capital (Roma). Por sua localização privilegiada em relação ao Mar Mediterrâneo, o Império se desenvolveu a partir das transações comerciais provenientes da região.
O Império Romano surgiu a partir da crise da República Romana. Com a anexação de novas províncias e a expansão territorial, crises político-administrativas começaram a surgir pela dificuldade de exercer domínio sobre o território.
Além disso, o aumento das desigualdades sociais gerou insatisfação popular, o que resultou em conflitos internos e guerras civis. Foi nesse contexto, inclusive, que o famoso gladiador Spartacus liderou a revolta de 100 mil escravos contra o Senado (governo da época), simbolizando a resistência às injustiças.
Os generais, então, foram impulsionados pela popularidade de suas vitórias militares, formaram alianças políticas e enfraqueceram os senadores da República, tomando o seu lugar.
Por meio dessas alianças políticas entre generais, eles passaram a exercer o papel de imperadores. Porém, o momento foi marcado por grande instabilidade política, uma vez que cada um dos participantes da aliança ansiava deter mais poder do que os outros.
Assim, depois de guerras civis, deposição de senadores e disputas entre generais, oficializou-se o primeiro imperador de Roma, Otávio, filho de César, no ano de 31 a.C. Essa data é tida por muitos historiadores como o início oficial do Império Romano.
Por volta do ano 284 d.C., o Império Romano encontrava-se em uma situação delicada. A expansão territorial havia atingido uma proporção que, mais uma vez, dificultava a centralização da administração.
Além disso, as disputas constantes pelo poder entre os generais prejudicavam a política interna.
Assim sendo, decidiu-se dividir o Império Romano em duas partes distintas: o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente. Cada porção possuía as suas características e modos de administração. Saiba quais eram:
O Império Romano do Ocidente ficou com a capital em Roma. Ele abrangia a Europa Ocidental e parte do Norte da África.
A língua predominante era o latim e a sua cultura era fortemente influenciada pelas tradições latina e romana. O Cristianismo Romano era a referência de religião da porção oriental do império, que teve seu fim em 476 d.C. com a invasão dos povos bárbaros.
O Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, teve Bizâncio como capital, que mais tarde foi renomeada como Constantinopla (atual Istambul, na Turquia). Seu território compreendia a Grécia, a Turquia, o Egito e partes da Ásia.
A língua era o grego, misturado a elementos da tradição romana. O Cristianismo Ortodoxo, uma vertente distinta do Cristianismo Romano, se desenvolveu de maneira independente da Igreja Católica Romana.
Além disso, o Império Romano do Oriente persistiu por quase mil anos depois da queda do Império Romano do Ocidente. Seu fim se deu em 1453, quando os povos otomanos conquistaram Constantinopla.
O Império Romano se estendeu ao longo de cinco séculos (do ano 27 a.C. até o ano 476 d.C.). Durante esse período, o império enfrentou uma série de desafios que culminaram em sua queda.
A crise do Império Romano começou com uma crise econômica causada pela dependência do trabalho escravo. Com o fim das guerras de expansão, houve uma notável redução no número de escravos, afetando a estabilidade do império.
Além disso, a extensão territorial tornou a administração centralizada desafiadora. Com isso, os povos bárbaros -aqueles que não estavam subjugados ao império-, começaram a invadir e ocupar gradualmente o território a partir de 376 d.C.
Em 410, Roma foi saqueada pelos invasores bárbaros até que, finalmente, em 476 d.C., o último imperador foi deposto, marcando assim o fim do Império Romano do Ocidente.
O Império Romano do Ocidente resistiu até 1453, quando Constantinopla foi tomada pelos turco-otomanos. A principal diferença que influenciou a longevidade do Império Bizantino foi a independência da utilização de mão de obra escrava.
Depois de cinco séculos com tamanha influência sobre a civilização, o Império Romano deixou inúmeras marcas culturais.
Desde a língua, passando por técnicas de engenharia, até chegar no Direito Civil, a nossa sociedade incorporou muitas tradições que começaram no Império Romano. Saiba quais foram:
Os romanos davam relativa autonomia às províncias conquistadas, permitindo que representantes da própria região as governassem. Elas deveriam pagar impostos e prestar contas à Roma. Como recompensa, tinham liberdade para manifestar sua cultura.
Os romanos, por sua vez, incorporaram alguns elementos culturais das províncias às suas próprias tradições. Assim, o latim se misturou aos dialetos locais e formou as línguas neolatinas -o francês, o português e o espanhol.
Outro traço cultural importante que surgiu no Império Romano foi a religião cristã. No início, os romanos eram politeístas por influência da cultura grega e etrusca. Os primeiros monoteístas começaram a surgir com o judaísmo e, posteriormente, com o cristianismo.
Os cristãos eram perseguidos até que, em 380, essa se tornou a religião oficial do império e, hoje, permanece como um legado dessa civilização.
O Direito Civil como conhecemos hoje tem suas origens no Direito Romano. A doutrina surgiu durante o Império Romano para mediar as relações entre os diferentes grupos sociais que conviviam na época.
Os Fóruns Romanos foram palco de audiências e discussões baseadas nessa doutrina, assim como temos os fóruns populares da atualidade.
Os feitos de arquitetura e engenharia do Império Romano que perduram até hoje representam o legado material dessa civilização. Templos majestosos, palácios imponentes, anfiteatros grandiosos, aquedutos engenhosos e extensas redes de estradas que delineiam o território romano até hoje são alguns exemplos dos feitos grandiosos da época.
Na civilização da antiguidade, Roma foi uma das primeiras e mais importantes cidades. Historicamente, Roma foi fundada a partir da união de diversas aldeias latinas ao longo do século VIII a.C.
A cidade se desenvolveu por meio do comércio, que era facilitado pela sua localização privilegiada em relação ao mar Mediterrâneo, principal trajeto das mercadorias da época.
Assim, com fortes influências etruscas e gregas, Roma viveu períodos monárquicos, republicanos e imperiais. Depois do fim da Antiguidade, a cidade continuou relevante nas rotas comerciais e culturais ao longo dos séculos.
Atualmente, Roma ainda é o centro político da Itália, sendo a sede do governo. Sua cena cultural e histórica também é extremamente relevante, por conta de suas relíquias artísticas (pinturas e quadros) como também suas estruturas históricas.
Com 2.500 anos de existência, Roma desperta o interesse de milhares de historiadores, amantes da arte e turistas curiosos. Além de ser um local com belas paisagens, suas construções históricas e tesouros artísticos fazem dela um dos principais centros de pesquisa arqueológica e artística no mundo.
Se você tem interesse em conhecer os vestígios da Roma Antiga na Roma Contemporânea, saiba quais são os principais pontos turísticos que deve ir:
Roma tem muitos pontos turísticos e históricos para serem visitados, não só do Império Romano, mas de toda a sua existência. Não deixe de visitar também o Panteão, a Piazza Navona, a Capela Sistina, no Vaticano, a Basílica de São Pedro e os incontáveis museus.
Tem direito à cidadania italiana e quer iniciar o processo de reconhecimento? A Rotunno é uma consultoria especializada que te ajuda na escolha da melhor via para ter esse direito.
Entre em contato e saiba quais são as suas opções para obter a sua cidadania italiana.
O Império Romano foi uma civilização antiga de extrema importância para o mundo. A partir dele, muitas das bases sociais e culturais da sociedade ocidental atual se desenvolveram. Heranças na área da engenharia e da arquitetura perduram até hoje com construções inovadoras e de alta qualidade.
Além da importância histórica, Roma continua sendo relevante até hoje na cena cultural, histórica, política e, portanto, turística, atraindo milhares de visitantes todos os anos.
Se você deseja conhecer Roma, não deve pisar lá antes de estudar um pouco mais sobre a sua história. Para te ajudar a realizar esse desejo, conte com a Rotunno.
Acesse o nosso blog e saiba como se preparar para a viagem.